Nivaldo Souza, Autor em Agência Free Minds https://freemindscomunicacao.com.br Agência Free Minds Mon, 12 Aug 2024 14:17:10 +0000 pt-BR hourly 1 https://freemindscomunicacao.com.br/wp-content/uploads/2021/07/logo_freeminds_icon150px.png Nivaldo Souza, Autor em Agência Free Minds https://freemindscomunicacao.com.br 32 32 Arthur César: o imperador do crepúsculo da Câmara https://freemindscomunicacao.com.br/arthur-cesar-o-imperador-do-crepusculo-da-camara/ Thu, 06 Jun 2024 23:40:46 +0000 https://freemindscomunicacao.com.br/?p=3186 Arthur César Pereira de Lira encerra sua gestão como o mais poderoso presidente da Câmara dos Deputados, destacando-se por levar o Centrão para a direita. A reforma ministerial pode oferecer a Lula uma chance crucial de barganha política na sucessão e reequilibrar forças no Legislativo.

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Arthur César Pereira de Lira vive seus últimos meses como o presidente mais poderoso da Câmara dos Deputados. Nunca um presidente obteve tantos votos para sua (re)eleição, tamanha quantidade de dinheiro público em emendas (secretas) nem controle tão rigoroso dos temas capazes de nortear os rumos do país. Mas a que custo para a democracia brasileira?

Arrisco dizer que o principal ônus da gestão de Arthur César, sem dúvida, foi deslocar o Centrão da posição pedular de balizador da institucionalidade construída na redemocratização a partir da Constituição Federal de 1988.

Sob Arthur César, o Centrão abandonou o papel de moderador de diálogo para o de artífice de uma direita xucra, irresponsável e ambientalmente destrutiva. O Centrão como entendíamos não simboliza mais o centro democrático, que em momentos importantes ponderou a favor da maioria – sem que para isso rompesse com o “andar de cima” da elite brasileira.

O produto final da gestão de Arthur Cesar será herdar à Câmara o “Centrão da Direita”.

Um amigo me disse outro dia que o Centrão sempre foi de direita. Discordo. Esse agrupamento político reuniu, sim, integrantes da direita e da centro-direita a partir da flexibilização da Ditadura Militar que viria a culminar com a eleição indireta de Tancredo/Sarney, em 1985.

Mas participou da Constituinte com a responsabilidade que levou à criação do Sistema Único de Saúde (SUS), do arcabouço legal de defesa do meio ambiente nas décadas seguintes e do realinhamento econômico com viés distributivo por meio de programas sociais que mudaram a cara do Brasil a partir dos anos 2000.

O Centrão começou a assumir uma posição de franco atirador do caos em 2013, com a chegada de Henrique Eduardo Alves (MDB-RN) à presidência da Câmara. Dilma Rousseff (PT) era presidente e, sob o argumento ralo de empoderar o Parlamento, o que se viu foi um movimento crescente de aves de rapina sobre o orçamento público com as emendas impositivas.

Na gestão de Alves, a MP dos Portos inaugurou com Eduardo Cunha (MDB-RJ) um modus operandi agressivo contra o Poder Executivo. Saiu de cena a institucionalidade, entrou o achaque barato do dá cá se quiser continuar no Planalto, mas sem mandar de fato. Dilma recusou-se e foi apeada do poder.

Cunha continuou o plano de “autonomia” do Parlamento com o impeachment de Dilma. Estava ali o embrião direitista que, em 2018, elegeria Jair Bolsonaro. “Que Deus tenha misericórdia dessa nação”, disse cinicamente ao votar pelo afastamento de Dilma. Mas Cunha deixou o projeto de direitização do Centrão inconclusivo para passar férias na prisão.

Rodrigo Maia (DEM-RJ) não teve competência nem inclinação para seguir na investida. Não resistiu à criação do Orçamento Secreto na gestão bolsonarista, é verdade. Mas teve a honradez de enfrentar a sanha autoritária de Jair Bolsonaro.

Arthur César foi diferente. Ele ampliou o segredo orçamentário. Político de direita moderado, viu na ascedente evangélica e conservadora a oportunidade de ampliar o cacife da “independência” do Parlamento e, consequentemente, seu poder. Lubrificou assim o espírito patrimonialista dos deputados, enquanto apoiou veladamente o caos das teorias antiquadas de grupos conservadores e autoritários para se posicionar no tabuleiro da política como hábil e necessário jogador.

Arthur César não se ruborisa diante de pautas aberrantes, como tonar aborto em crime de homicídio ou a remarcação de reservas indígenas ou o desmatamento de áreas nativas não florestais. Todas agendas do Centrão da Direita.

Arthur César cacifou-se num nível impensável. Ele pode tudo. Até fazer (na surdina) um acordão no fio do bigode com planos de saúde, sem consultar a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que pode resultar em mais uma tungada nos direitos dos consumidores. A ver.

Mas Arthur, cujo segundo nome é César, não é imperador de verdade. Em fevereiro de 2025, terá de deixar o comando da Câmara. O comportamento truculento na condução do plenário abre, aos poucos, brecha para políticos mais moderados surgirem no cenário de sucessão.

A questão é se o presidente Lula terá força para apoiar um nome que não seja do grupo de Arthur César. Uma reforma ministerial no segundo semestre pode ser decisiva se o Planalto optar por entrar na briga de tentar fazer o Centrão voltar para o centro.

O PT errou no governo Dilma ao forçar um nome do partido para disputar contra Cunha. Criou-se ali o argumento de que o Executivo se intrometia numa escolha interna do Parlamento. Lula não é Dilma, embora a aprovação de seu governo não seja das melhores. Pesa a seu favor o fato de não haver movimento de massa nas ruas contra o chefe do Executivo, embora ele esteja acuado e aturdido pelos socos constantes de Arthur César e do Centrão da Direita.

Se souber emplacar um nome de outra legenda, como Antônio Brito (PSD-BA), Lula terá a chance de tirar a Presidência da República do corner para voltar centro do ringue. Mas isso exigirá do presidente movimentos sutis e firmes na direção certa, sob argumento de que o realinhamento do Executivo com o Legislativo é vital para a manutenção da estabilidade democrática no Brasil. A reforma ministerial pode ser o dobrão de ouro a se pagar por um novo pacto institucional. Será que Lula consegue sacar essa moeda de sua desgastada algibeira política?

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Governo se mobiliza para derrubar taxação de compras até US$50 no PL do Mover https://freemindscomunicacao.com.br/governo-se-mobiliza-para-derrubar-taxacao-de-compras-ate-us50-no-pl-do-mover/ Tue, 07 May 2024 22:15:35 +0000 https://freemindscomunicacao.com.br/?p=3146 PT e governo articulam contra taxação em compras até US$50 no PL do Mover. Relator pode incluir alíquota de 40% em compras de marketplaces. Debate sobre justiça tributária e impacto econômico em pauta.

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A bancada do PT na Câmara, com aval do Palácio do Planalto, fechou questão nesta terça-feira (7) para derrubar uma possível trecho do projeto de lei 914/2024, que cria Programa Mobilidade Verde e Inovação Programa (Mover), visando suspender a isenção sobre compras realizadas em markeplaces internacionais no valor de até  US$ 50 (R$253). O PL do Mover pode ser votado no plenário nesta terça.

O relator, deputado Átila Lira (PP-PI), como apurou a Free Minds, teria cedido à pressão de varejistas brasileiros, que cobram isonomia tributária em relação às vendas realizadas sem tributação por plataformas como Shoppee e Shein. Abreu indicou que pode incluir no relatório do PL do Mover uma alíquota de 40% sobre compras até US$50 em plataformas integrantes do programa Remessa Conforme, criado pela Receita Federal para que os marketplaces internacionais declarem as vendas.

Mas há entendimento no governo de que o melhor caminho para a taxação seja por meio do PL 2339/2022, cujo relator é o deputado Paulo Guedes (PT-MG). O argumento é que taxar aquisições até  US$ 50 impactará apenas consumidores de menor renda. Enquanto brasileiros mais ricos continuariam podendo viajar para o exterior para fazer compras até US$ 1.000 com isenção fiscal.

Guedes já manifestou disposição em criar uma alíquota de impostos de importação para ambas as modalidades de compra (viagens e plataformas), o que permitiria aplicar um percentual mais baixo dos 40%. Com isso, o governo teria como argumento para o consumidor que a taxação de ricos e pobres seria medida de justiça tributária.

O Ministério da Fazenda vê na iniciativa parlamentar uma forma de diminuir futuras críticas ao governo na aplicação do imposto, creditando a cobrança como decisão do Congresso.

Guedes, conforme apurou a Free Minds, pretende apresentar relatório do PL 2339 nesta semana, após alinhamento da alíquota com a Receita Federal.

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Silveira segue ‘fritando’ Prates na Petrobras https://freemindscomunicacao.com.br/silveira-segue-fritando-prates-na-petrobras/ Tue, 07 May 2024 21:43:13 +0000 https://freemindscomunicacao.com.br/?p=3141 Ministro Silveira, do Minas e Energia, tensiona com presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, incomodando o Planalto. Estratégia inclui influenciar o Conselho da estatal. Prates alerta sobre impacto no mercado. Governo pede moderação. Possível demissão do ministro preocupa interlocutores de Prates.

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O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) segue ‘fritando’ o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, conforme apurou a Free Minds. A postura de Silveira incomodou o Palácio do Planalto, que manteve Prates no cargo com voto de confiança do ministro Fernando Haddad, após crise aberta em abril.

A estratégia do titular do MME, segundo fontes proximas a Prates, segue sendo a de usar o Conselho de Administração da Petrobras para sinalizar a possibilidade de pautar temas que não foram completamente passificados com a diretoria-executiva. Silveira controla o Conselho indiretamente, por meio presidente Pietro Mendes, reeleito em abril para mais um mandato de dois anos.

Prates acionou o Planalto alegando que a disparidade de alinhamento pode passar mensagem ao mercado de ingerência na estatal. O governo ainda não tomou nenhuma ação concreta, mas sinalizou ao ministro para reduzir a artilharia contra o executivo.

Interlocutores de Prates avaliam que a insistência em prejudicar a harmonia entre Conselho e diretoria pode ser mote para uma futura demissão do ministro. O afastamento de qualquer um dos dois, contudo, por ora não está no radar do Planalto.

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Regulamentação do VoD entra na ‘barganha’ do PL das Fake News https://freemindscomunicacao.com.br/regulamentacao-do-vod-entra-na-barganha-do-pl-das-fake-news/ Thu, 18 Apr 2024 00:32:42 +0000 https://freemindscomunicacao.com.br/?p=3071 A dinâmica entre o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o relator no Senado, Eduardo Gomes, na regulamentação dos serviços de streaming e do PL das Fake News, revela um cenário de negociações políticas complexas, onde estratégias são urdidas nos bastidores para alcançar objetivos diversos.

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A aprovação em caráter terminativo na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado do projeto de lei 2331/2022, que regulamenta os serviços de streaming (oferta de vídeo sob demanda – VoD, na sigla em inglês), levou o presidente da Câmara a colocá-lo como parte da barganha nas negociações envolvendo o proposta 2630/2020 (PL das Fake News).

A Free Minds apurou que Arthur Lira sinalizou ao relator no Senado, Eduardo Gomes (PL-TO), que preservaria a íntegra do texto balizado pela CAE em troca da participação dele no GT que discutirá a regulamentação das redes sociais.

Eles se reuniram nesta terça-feira. Lira pontuou que deseja a atuação de Gomes como um relator informal do PL 2630 ou de um novo projeto que venha a substituí-lo. Com isso, o PL 8889/2017 seria apensado e o relator na Câmara, André Figueiredo (PDT-CE), reproduziria o texto do senador.

O projeto sob relatoria do deputado tem urgência para ser votado diretamente em plenário. Figueiredo ainda não foi comunicado da estratégia, embora articule para tentar aprovar seu projeto na próxima semana. Ele é próximo a Lira e, apesar de discordar do texto de Gomes, pode seguir o roteiro traçado pelo presidente.

A negociação é parte do esforço do presidente de apresentar uma proposta equilibrada para regular as plataformas de conteúdo social na internet. Lira já manifestou publicamente seu descontentamento como a forma que algumas plataformas agiram para inviabilizar o PL das Fake News, mas recuou da iniciativa ante o impasse envolvendo também temas correlatos – como direitos autorais, remuneração jornalística e publicidade digital (transferidos para o PL 2370/2019).

O presidente da Câmara, contudo, ensaia movimento para aprovar uma regulamentação mais enxuta que dê uma resposta para o tema. Lira não tem pressa e o marco regulatório não é prioridade. Por isso, o GT segue com a instalação e membros indefinidos. Ele vem articulando nos bastidores qual o melhor caminho.

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Lira e Gomes discutem rito de tramitação do PL das Fake News em GT https://freemindscomunicacao.com.br/lira-e-gomes-discutem-rito-de-tramitacao-do-pl-das-fake-news-em-gt/ Tue, 16 Apr 2024 19:09:13 +0000 https://freemindscomunicacao.com.br/?p=3066 O senador Eduardo Gomes (PL-TO) se reúne com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para discutir o PL das Fake News. Gomes propõe uma tramitação conjunta entre as Casas do Congresso para corrigir pontos de tensão.

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O senador Eduardo Gomes (PL-TO) se reúne nesta terça-feira (16) com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para discutir o projeto de lei 2630/2020 (PL das Fake News). Os dois devem avaliar como o senador pode atuar como integrante do GT que vai analisar o projeto de regulamentação das plataformas digitais. O grupo de trabalho ainda não foi instalado porque Lira procura um relator neutro.

O presidente vê em Gomes um articulador neutro, com habilidade para discutir com equilíbrio com diversos setores da sociedade. Mas esbarra no fato de um senador não poder relatar projetos na Câmara.

O senador, contudo, deve sugerir um meio termo. Gomes avalia o PL das Fake News como tema que pode evoluir para uma tramitação conjunta entre a Câmara e o Senado, o que na sua visão poderia corrigir pontos de tensão.

Ele está disposto a participar do GT na Câmara e depois assumir a relatoria do projeto quando migrar de Casa do Congresso. O argumento de Gomes será de que o modelo foi adotado durante a pandemia de covid-19, quando senadores e deputados definiram pautas prioritárias para enfrentamento  da crise sanitária e, a partir daí, criaram grupos de trabalho onde alinhavam pontos de consenso em propostas para acelerar o trâmite nas duas Casas. A proposta da tramitação conjunta,  na época, foi sugestão do então líder do DEM, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), hoje presidente do Senado.

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MP 1202/23 vai regular compensações tributárias avaliadas em R$ 100 bilhões neste ano https://freemindscomunicacao.com.br/mp-1202-23-vai-regular-compensacoes-tributarias-avaliadas-em-r-100-bilhoes-neste-ano/ Wed, 10 Apr 2024 19:18:37 +0000 https://freemindscomunicacao.com.br/?p=3063 O Congresso instalou a Comissão Mista da MP 1202/2023 para regular compensações tributárias empresariais, estimadas em até R$ 100 bilhões em 2024. O governo busca manter o texto original para limitar a compensação de créditos tributários anualmente. O relator, deputado Rubens Pereira Júnior, planeja ouvir setores antes de apresentar seu parecer.

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O Congresso instalou, há pouco, a Comissão Mista da Medida Provisória 1202/2023, visando regulamentar compensações tributárias de empresas de diversos setores. O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido), estimou em R$ 100 bilhões o valor total dos créditos tributários que o setor privado poderá compensar em 2024. “Somente no ano passado, as compensações foram da ordem de R$ 60 bilhões”, comparou.

Segundo Rodrigues, o governo vai trabalhar para manter o texto original enviado pelo Ministério da Fazenda e pela aprovação até o final da próxima semana. O objetivo do governo é colocar uma trava de quanto por ano as empresas poderão compensar.  Hoje, por exemplo, uma empresa com crédito  acumulado de R$ 10 milhões pode deduzir esse valor integralmente de uma nova dívida em impostos. A ideia é que as companhias possam utilizar apenas parte do crédito para compensar os novos valores devidos à União. Com isso, a Fazenda visa elevar a arrecadação para equilibrar as contas públicas.

O relator da MP, deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), afirmou que fará uma audiência pública na próxima terça(16) ou quarta-feira  (17) para ouvir os setores interessados. Na sequência,  após avaliar eventuais emendas de deputados e senadores, o parlamentar pretende apresentar seu parecer.

A medida não  tratará da desoneração da folha de pagamentos para empresas e municípios, que é alvo do PL 1027/2024. O Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) também ficará de fora da MP, seguindo o rito do PL 1026/2024. Ambos os projetos tiveram urgência aprovada nesta terça-feira  (9) na Câmara, o que levou os textos para votação dos deputados diretamente no plenário.

A retirada do Perse e da desoneração foi costurada pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira. O relator disse que vai se concentrar no que foi acordado. “Não faremos nada que não seja oque foi acordado com líderes do Congresso”, afirmou Pereira Júnior.

O presidente da comissão, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), referendou a fala do relator e criticou a insistência do governo em tentar reonerar a folha e eliminar o Perse. Mas sinalizou que não irá dificultar o trabalho do relator da MP 1202/23.

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Lira busca relator ‘neutro’ para PL das Fake News https://freemindscomunicacao.com.br/lira-busca-relator-neutro-para-pl-das-fake-news/ Wed, 10 Apr 2024 00:11:32 +0000 https://freemindscomunicacao.com.br/?p=3060 Arthur Lira busca novo relator neutro para o PL das Fake News, visando um debate imparcial. Propõe formação de grupo de trabalho para discussão, cogitando incorporação do projeto em outras propostas. Nomes como Eduardo Gomes e Any Ortiz são considerados para liderar, refletindo a complexidade na elaboração da legislação.

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O presidente da Câmara, Arthur Lira, já se decidiu por retirar o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) da relatoria do projeto de lei 2630/2020 (PL das Fake News). Lira chegou ao entendimento com líderes próximos a ele que Silva perdeu as condições de promover um debate equilibrado sobre a regulamentação das plataformas de redes sociais. Ele busca um “relator neutro”, segundo um interlocutor ouvido pela Free Minds.

Lira também pretende “zerar o jogo” do debate sobre o tema. A criação de um grupo de trabalho para discutir a regulação, que pode der criado nesta semana, envolve tanto o aspecto de iniciar um novo texto para o marco legal quanto a troca de um relator que não se envolva em polêmicas alimentadas pela esquerda e a direita nas redes.

A costura nos bastidores passa pela avaliação de uma possível incorporação das regras para cobrir fake news em outro projeto no qual a Câmara terá a palavra final. Sobre a mesa estão os PL 2338/2023, que tramita no Senado, e o PL 2768/2022, que está na Câmara.

O nome do senador Eduardo Gomes (PL-TO) surgiu como relator com potencial de agregar neutralidade ao debate regulatório. Neste caso, a ideia é que o marco legal das redes sociais seja incorporado no PL 2338/2023, que originalmente trata da regulamentação da inteligência artificial. O projeto relatado por Gomes está a pensado ao PL 21/2020, já aprovado pela Câmara, o que dá aos deputados a palavra final sobre a legislação aprovada pelos senadores.

Embora seja do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador é visto como parlamentar de centro. Gomes, contudo, vem resistindo a incluir no PL 2338/2023 temas que não sejam relativos a inteligência artificial. Em política, porém, tudo pode mudar conforme um novo acordo seja firmado. É de interesse do senador ter seu nome vinculado a uma legislação de peso.

Outra alternativa sobre a mesa de Lira é a possibilidade de o PL das Fake News ser agregado ao PL 2768/2022, cujo foco é definir do ponto de vista legal o “funcionamento e a operação das plataformas digitais”. Ou seja, criar um marco legal do mercado digital no Brasil, a exemplo da legislação aprovada nos Estados Unidos (DMA, na sigla em inglês).

Este projeto está sob relatoria da deputada Any Ortiz (Cidadania-RS), que já demonstrou disposição em se alinhar aos comandos de Lira quando relatou a desoneração da de pagamentos, costurando interesses do setor privado e municípios. Além disso, Any cumpriria o requisito de parlamentar com perfil neutro definido pelo presidente da Câmara.

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Governo “põe a bola no chão” para melhorar entregas e popularidade de Lula https://freemindscomunicacao.com.br/analise-governo-poe-a-bola-no-chao-para-melhorar-entregas-e-popularidade-de-lula/ Mon, 18 Mar 2024 19:31:08 +0000 https://freemindscomunicacao.com.br/?p=2912 A reunião ministerial ocorrida no Palácio do Planalto, na sexta-feira (18/3), teve como objetivo central "colocar a bola no chão", segundo a analogia futebolística utilizada, visando retomar o ritmo após contratempos. O presidente Lula cobrou de seus ministros um segundo ano de governo marcado por "entregas" concretas à população, buscando reverter sua queda de popularidade. Projetos de impacto social, como a construção de 1.200 creches, emergem como prioridades nesse contexto, enquanto a pressão por resultados expressivos delineia um desafio palpável para a gestão pública em 2024, com questionamentos sobre o comportamento estratégico do presidente frente às conquistas do governo.

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A reunião ministerial realizada no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (18/3), concentrou-se no que no jargão do futebol se chama ‘colocar a bola no chão ‘ para retomar a partida, após um gol sofrido ou confusão desnecessária. O presidente Lula cobrou de seus ministros um segundo ano de governo focado em “entregas” – a expressão mais usada por ministros após o encontro. 
O pano de fundo da cobrança é a queda de popularidade do presidente, o que na avaliação de ministros será revertido desenvolvendo projetos de maior impacto na sociedade – como a construção de 1.200 creches. “Como o ano de 2023 foi o ano do plantio, o ano de 2024 tem de ser de colheita”, disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

As ‘entregas’ passam por iniciativas da Fazenda para dinamizar o ambiente econômico a partir de projetos a serem discutidos no Congresso, além da regulamentação da reforma tributária. A reforma da renda deve entrar num segundo momento – ainda indefinido. O ministro Fernando Haddad listou entre as prioridades para melhoria do ambiente de negócios a criação do Desenrola para pequenas empresas, crédito para inscritos no CadÚnico, nova Lei de Falências. Outras sete iniciativas para discussão no Congresso, como projetos para energia, desenvolvimento verde e compras públicas de conteúdo nacional.

Ao final, o ministro Paulo Pimenta (Secom) falou com jornalistas em tom amistoso, buscando desfazer a imagem de cobrança feita por Lula para que o governo comunique melhor seus feitos. De acordo com Pimenta, uma licitação deve ser concluída até julho para contratar serviços de comunicação segmentados para atingir nichos da população, visando elevar os níveis de aprovação do governo e popularidade do presidente.

O clima final da reunião ministerial foi amistoso, segundo relatos de alguns ministros,  mas foi visível que a pressão do presidente por resultados expressivos com impacto na vida cotidiana do brasileiro dará o tom na condução da máquina pública em 2024. Lula prendeu a bola, definiu a estratégia para o segundo tempo da partida e pediu empenho de seus ministros. Mas a questão ainda não respondida é se ele, Lula, vai se comportar como o técnico que estimula os jogadores na beira do gramado e depois, nas coletivas, comete erros com potencial de ofuscar vitórias expressivas do time.

A fala inicial do presidente deu indicativos que quer falar mais sobre saúde, educação e economia. Mas o próprio presidente comentou o deslize de atacar Bolsonaro. Ao chamar o ex-presidente de “covarde”, Lula atiçou a militância, mas pode ter perdido pontos com quem avalia o governo como regular – ou seja, o eleitor menos polarizado e cansado da rinha de galo entre esquerda e direita. Pior: a fala de Lula ofusca das manchetes da mídia o recado pensado como símbolo da reunião ministerial: mostrar que o governo trabalha.

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Segundo escalão articula proposta do Planalto para IA no Congresso; Streaming segue no radar https://freemindscomunicacao.com.br/analise-segundo-escalao-articula-proposta-do-planalto-para-ia-no-congresso-streaming-segue-no-radar/ Fri, 15 Mar 2024 00:01:33 +0000 https://freemindscomunicacao.com.br/?p=2813 O governo brasileiro está intesificando sua atuação no Congresso, costurando propostas cruciais para a economia digital. Com foco na inteligência artificial e na regulação do streaming, ministérios estão sendo consultados para moldar leis que abordem desde direitos autorais até preocupações com segurança nacional. Em uma estratégia discreta, mas determinada, o governo busca evitar impasses anteriores, demonstrando um compromisso renovado com a agenda digital e o desenvolvimento tecnológico.

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O segundo escalão da Casa Civil e da Secretaria das Relações Institucionais (SRI) estão costurando os principais pontos de interesse de áreas do governo no tema prioritário da agenda da Economia Digital no Congresso no primeiro semestre: a inteligência artificial (IA). A Free Minds apurou que as equipes dos ministérios da Cultura, Defesa, MDIC e Secom estão sendo ouvidas.

As áreas técnicas das pastas têm realizado reuniões no Palácio do Planalto sobre pontos que o governo deve apresentar para o relator do projeto de lei 2.338/2023, senador Eduardo Gomes (PL-TO). O projeto é de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e tramita na Comissão Temporária Interna sobre Inteligência Artificial no Brasil (CTIA). A proposta é prioridade de Pacheco neste semestre. O tema também está na mira do presidente da Câmara, Arthur Lira.

Entre os pontos em debate, por exemplo, está uma demanda do Ministério da Cultura (MinC) para obrigar plataformas digitais a pagarem direitos autorais sobre vídeos e áudios produzidos a partir de IA envolvendo músicas. É o caso da canção “Bem que se quis”, de Marisa Monte, gravada artificialmente na voz de Elis Regina sem autorização da autora. Já o MDIC levanta questões sobre direitos de propriedade. Enquanto a Defesa deve definir um arcabouço legal necessário para evitar riscos à segurança nacional. Outros ministérios devem ser ouvidos para apresentar demandas.

A equipe do relator do PL 2.338 participa das reuniões e tem sido receptiva às propostas. A partir de pontos de consenso, a discussão deve subir para o primeiro escalão com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (SRI) convidando Gomes para apresentar a proposta do governo, cujo texto deve envolver diversas áreas e prioridades na visão do Estado em relação ao uso da tecnologia.

Regulamentação do streaming

O governo também busca diálogo com o deputado André Figueiredo (PDT-CE), relator do PL 8.889/2017, que muda regras dos serviços de vídeo sob demanda (VoD). O projeto tem urgência para ser votado no plenário da Câmara e é de interesse do Planalto por definir o pagamento da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) por plataformas de streaming. A secretária do audiovisual do MinC, Joelma Gonzaga, busca diálogo com Figueiredo para alterar pontos da minuta de relatório divulgada no final do ano passado. Os dois devem se reunir na próxima semana, conforme apurou a Free Minds.

Conclusão

As movimentações revelam que o governo não deixou a agenda digital de lado em 2024, mas optou por fazê-las com discrição. As reuniões no Planalto sobre o marco legal de IA e do MinC em relação à regulamentação do VoD mostram que o governo busca modular a regulamentação dos meios digitais no Congresso com menos voluntarismo para evitar repetir erros do ano passado. Em 2023, projetos voltados para a regulamentação das plataformas (PL 2.630/2020) e direitos autorais (PL 2.370/2019) empacaram por falta de articulação no Congresso e resistência das empresas.

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Inteligência Artificial: Lira deve esperar Senado para avançar com tema na Câmara https://freemindscomunicacao.com.br/inteligencia-artificial-lira-deve-esperar-senado-para-avancas-com-tema-na-camara/ Mon, 11 Mar 2024 08:00:00 +0000 https://freemindscomunicacao.com.br/?p=2804 Prioridade dos presidentes do Congresso, a regulamentação da tecnologia pode caminhar mais lenta do que o esperado. STF entrou no jogo para evitar ‘poluição’ pela agenda eleitoral .

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O marco regulatório da inteligência artificial (IA) é peça central na agenda de 2024 dos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. Mas o avanço da regulamentação do desenvolvimento, uso e responsabilização da tecnologia tende a caminhar mais lentamente que o esperado no Congresso Nacional, tanto pela complexidade quanto pela pressão de diversos setores impactados. Em paralelo, o Supremo Tribunal Federal (STF) começou a se movimentar para evitar que a regulação acabe virando um arremedo de mudanças no código eleitoral.

Free Minds apurou que Lira tirou o pé do acelerador, após ter encomendado à deputada Luiza Canziani (PSD-PR) uma lista com todos os projetos tangenciando IA. A parlamentar listou 50 iniciativas parlamentares. O volume levou o presidente a decidir por esperar a evolução do marco legal no Senado para depois conduzir o tema na Câmara. Lira pretende apensar todos os projetos da Casa na possível proposta balizada pelo Senado e, com isso, dar a palavra final sobre o tema.

Já a ministra Cármen Lúcia (STF) procurou Pacheco e sugeriu que a regulamentação foque na tecnologia em si, sem incluir regras sobre o uso da IA nas eleições de outubro. A articulação da ministra foi para que o Congresso deixe o tema com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que no final de fevereiro vetou o uso de inteligência artificial nas campanhas.

O presidente do Senado deve encaminhar o pedido da ministra ao senador Eduardo Gomes (PL-TO), relator do projeto de lei 2.338/2023, cujo objetivo é estabelecer o marco legal da IA no Brasil. Pacheco afirmou que pretende colocar o projeto em pauta no plenário até o final de abril. Mas interlocutores do chefe do Senado avaliam como curto o prazo para a discussão de tema tão complexo.

Pesa contra o calendário estipulado por ele, ainda, a evolução diária da IA – processo que revela novos usos e abusos a cada dia. Não à toa, a Câmara aprovou a toque de caixa o PL 370/2024, na última terça-feira (5), que inclui agravante no crime de violência psicológica contra a mulher os casos de deep fakes de nu femininos elaborados com uso de inteligência artificial. O mote do projeto, cuja autoria é da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), foi o fato de alunos de um colégio do Rio de Janeiro usarem IA para falsear imagens nuas de colegas.

É cedo para afirmar se as duas casas do Congresso Nacional conseguirão concluir a aprovação do marco regulatório da IA neste ano, quando deputados e senadores estão mais voltados para as disputas nas suas bases eleitorais. Por certo, porém, é que a inteligência artificial revelará novos usos e abusos, elevando a pressão da sociedade por uma regulamentação eficiente e que, ao mesmo tempo, não impeça o desenvolvimento da tecnologia.

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