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Lira busca relator ‘neutro’ para PL das Fake News

Arthur Lira busca novo relator neutro para o PL das Fake News, visando um debate imparcial. Propõe formação de grupo de trabalho para discussão, cogitando incorporação do projeto em outras propostas. Nomes como Eduardo Gomes e Any Ortiz são considerados para liderar, refletindo a complexidade na elaboração da legislação.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, já se decidiu por retirar o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) da relatoria do projeto de lei 2630/2020 (PL das Fake News). Lira chegou ao entendimento com líderes próximos a ele que Silva perdeu as condições de promover um debate equilibrado sobre a regulamentação das plataformas de redes sociais. Ele busca um “relator neutro”, segundo um interlocutor ouvido pela Free Minds.

Lira também pretende “zerar o jogo” do debate sobre o tema. A criação de um grupo de trabalho para discutir a regulação, que pode der criado nesta semana, envolve tanto o aspecto de iniciar um novo texto para o marco legal quanto a troca de um relator que não se envolva em polêmicas alimentadas pela esquerda e a direita nas redes.

A costura nos bastidores passa pela avaliação de uma possível incorporação das regras para cobrir fake news em outro projeto no qual a Câmara terá a palavra final. Sobre a mesa estão os PL 2338/2023, que tramita no Senado, e o PL 2768/2022, que está na Câmara.

O nome do senador Eduardo Gomes (PL-TO) surgiu como relator com potencial de agregar neutralidade ao debate regulatório. Neste caso, a ideia é que o marco legal das redes sociais seja incorporado no PL 2338/2023, que originalmente trata da regulamentação da inteligência artificial. O projeto relatado por Gomes está a pensado ao PL 21/2020, já aprovado pela Câmara, o que dá aos deputados a palavra final sobre a legislação aprovada pelos senadores.

Embora seja do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador é visto como parlamentar de centro. Gomes, contudo, vem resistindo a incluir no PL 2338/2023 temas que não sejam relativos a inteligência artificial. Em política, porém, tudo pode mudar conforme um novo acordo seja firmado. É de interesse do senador ter seu nome vinculado a uma legislação de peso.

Outra alternativa sobre a mesa de Lira é a possibilidade de o PL das Fake News ser agregado ao PL 2768/2022, cujo foco é definir do ponto de vista legal o “funcionamento e a operação das plataformas digitais”. Ou seja, criar um marco legal do mercado digital no Brasil, a exemplo da legislação aprovada nos Estados Unidos (DMA, na sigla em inglês).

Este projeto está sob relatoria da deputada Any Ortiz (Cidadania-RS), que já demonstrou disposição em se alinhar aos comandos de Lira quando relatou a desoneração da de pagamentos, costurando interesses do setor privado e municípios. Além disso, Any cumpriria o requisito de parlamentar com perfil neutro definido pelo presidente da Câmara.

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Nivaldo Souza

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, com 18 anos de experiência em agência de notícias, jornais, revistas, portais de internet, rádio e televisão. Cursou MBA em Economia na Fipe-USP. Repórter de economia, negócios e política em São Paulo e Brasília. Trabalhou para Brasil Econômico, Estadão, EL País Brasil, iG, JOTA, UOL, Valor Econômico, TV Bandeirantes, entre outros.
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Nivaldo Souza

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, com 18 anos de experiência em agência de notícias, jornais, revistas, portais de internet, rádio e televisão. Cursou MBA em Economia na Fipe-USP. Repórter de economia, negócios e política em São Paulo e Brasília. Trabalhou para Brasil Econômico, Estadão, EL País Brasil, iG, JOTA, UOL, Valor Econômico, TV Bandeirantes, entre outros.

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