Arquivos Análise - Agência Free Minds https://freemindscomunicacao.com.br/category/analise/ Agência Free Minds Mon, 12 Aug 2024 14:16:54 +0000 pt-BR hourly 1 https://freemindscomunicacao.com.br/wp-content/uploads/2021/07/logo_freeminds_icon150px.png Arquivos Análise - Agência Free Minds https://freemindscomunicacao.com.br/category/analise/ 32 32 Governo “põe a bola no chão” para melhorar entregas e popularidade de Lula https://freemindscomunicacao.com.br/analise-governo-poe-a-bola-no-chao-para-melhorar-entregas-e-popularidade-de-lula/ Mon, 18 Mar 2024 19:31:08 +0000 https://freemindscomunicacao.com.br/?p=2912 A reunião ministerial ocorrida no Palácio do Planalto, na sexta-feira (18/3), teve como objetivo central "colocar a bola no chão", segundo a analogia futebolística utilizada, visando retomar o ritmo após contratempos. O presidente Lula cobrou de seus ministros um segundo ano de governo marcado por "entregas" concretas à população, buscando reverter sua queda de popularidade. Projetos de impacto social, como a construção de 1.200 creches, emergem como prioridades nesse contexto, enquanto a pressão por resultados expressivos delineia um desafio palpável para a gestão pública em 2024, com questionamentos sobre o comportamento estratégico do presidente frente às conquistas do governo.

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A reunião ministerial realizada no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (18/3), concentrou-se no que no jargão do futebol se chama ‘colocar a bola no chão ‘ para retomar a partida, após um gol sofrido ou confusão desnecessária. O presidente Lula cobrou de seus ministros um segundo ano de governo focado em “entregas” – a expressão mais usada por ministros após o encontro. 
O pano de fundo da cobrança é a queda de popularidade do presidente, o que na avaliação de ministros será revertido desenvolvendo projetos de maior impacto na sociedade – como a construção de 1.200 creches. “Como o ano de 2023 foi o ano do plantio, o ano de 2024 tem de ser de colheita”, disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

As ‘entregas’ passam por iniciativas da Fazenda para dinamizar o ambiente econômico a partir de projetos a serem discutidos no Congresso, além da regulamentação da reforma tributária. A reforma da renda deve entrar num segundo momento – ainda indefinido. O ministro Fernando Haddad listou entre as prioridades para melhoria do ambiente de negócios a criação do Desenrola para pequenas empresas, crédito para inscritos no CadÚnico, nova Lei de Falências. Outras sete iniciativas para discussão no Congresso, como projetos para energia, desenvolvimento verde e compras públicas de conteúdo nacional.

Ao final, o ministro Paulo Pimenta (Secom) falou com jornalistas em tom amistoso, buscando desfazer a imagem de cobrança feita por Lula para que o governo comunique melhor seus feitos. De acordo com Pimenta, uma licitação deve ser concluída até julho para contratar serviços de comunicação segmentados para atingir nichos da população, visando elevar os níveis de aprovação do governo e popularidade do presidente.

O clima final da reunião ministerial foi amistoso, segundo relatos de alguns ministros,  mas foi visível que a pressão do presidente por resultados expressivos com impacto na vida cotidiana do brasileiro dará o tom na condução da máquina pública em 2024. Lula prendeu a bola, definiu a estratégia para o segundo tempo da partida e pediu empenho de seus ministros. Mas a questão ainda não respondida é se ele, Lula, vai se comportar como o técnico que estimula os jogadores na beira do gramado e depois, nas coletivas, comete erros com potencial de ofuscar vitórias expressivas do time.

A fala inicial do presidente deu indicativos que quer falar mais sobre saúde, educação e economia. Mas o próprio presidente comentou o deslize de atacar Bolsonaro. Ao chamar o ex-presidente de “covarde”, Lula atiçou a militância, mas pode ter perdido pontos com quem avalia o governo como regular – ou seja, o eleitor menos polarizado e cansado da rinha de galo entre esquerda e direita. Pior: a fala de Lula ofusca das manchetes da mídia o recado pensado como símbolo da reunião ministerial: mostrar que o governo trabalha.

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Segundo escalão articula proposta do Planalto para IA no Congresso; Streaming segue no radar https://freemindscomunicacao.com.br/analise-segundo-escalao-articula-proposta-do-planalto-para-ia-no-congresso-streaming-segue-no-radar/ Fri, 15 Mar 2024 00:01:33 +0000 https://freemindscomunicacao.com.br/?p=2813 O governo brasileiro está intesificando sua atuação no Congresso, costurando propostas cruciais para a economia digital. Com foco na inteligência artificial e na regulação do streaming, ministérios estão sendo consultados para moldar leis que abordem desde direitos autorais até preocupações com segurança nacional. Em uma estratégia discreta, mas determinada, o governo busca evitar impasses anteriores, demonstrando um compromisso renovado com a agenda digital e o desenvolvimento tecnológico.

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O segundo escalão da Casa Civil e da Secretaria das Relações Institucionais (SRI) estão costurando os principais pontos de interesse de áreas do governo no tema prioritário da agenda da Economia Digital no Congresso no primeiro semestre: a inteligência artificial (IA). A Free Minds apurou que as equipes dos ministérios da Cultura, Defesa, MDIC e Secom estão sendo ouvidas.

As áreas técnicas das pastas têm realizado reuniões no Palácio do Planalto sobre pontos que o governo deve apresentar para o relator do projeto de lei 2.338/2023, senador Eduardo Gomes (PL-TO). O projeto é de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e tramita na Comissão Temporária Interna sobre Inteligência Artificial no Brasil (CTIA). A proposta é prioridade de Pacheco neste semestre. O tema também está na mira do presidente da Câmara, Arthur Lira.

Entre os pontos em debate, por exemplo, está uma demanda do Ministério da Cultura (MinC) para obrigar plataformas digitais a pagarem direitos autorais sobre vídeos e áudios produzidos a partir de IA envolvendo músicas. É o caso da canção “Bem que se quis”, de Marisa Monte, gravada artificialmente na voz de Elis Regina sem autorização da autora. Já o MDIC levanta questões sobre direitos de propriedade. Enquanto a Defesa deve definir um arcabouço legal necessário para evitar riscos à segurança nacional. Outros ministérios devem ser ouvidos para apresentar demandas.

A equipe do relator do PL 2.338 participa das reuniões e tem sido receptiva às propostas. A partir de pontos de consenso, a discussão deve subir para o primeiro escalão com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (SRI) convidando Gomes para apresentar a proposta do governo, cujo texto deve envolver diversas áreas e prioridades na visão do Estado em relação ao uso da tecnologia.

Regulamentação do streaming

O governo também busca diálogo com o deputado André Figueiredo (PDT-CE), relator do PL 8.889/2017, que muda regras dos serviços de vídeo sob demanda (VoD). O projeto tem urgência para ser votado no plenário da Câmara e é de interesse do Planalto por definir o pagamento da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) por plataformas de streaming. A secretária do audiovisual do MinC, Joelma Gonzaga, busca diálogo com Figueiredo para alterar pontos da minuta de relatório divulgada no final do ano passado. Os dois devem se reunir na próxima semana, conforme apurou a Free Minds.

Conclusão

As movimentações revelam que o governo não deixou a agenda digital de lado em 2024, mas optou por fazê-las com discrição. As reuniões no Planalto sobre o marco legal de IA e do MinC em relação à regulamentação do VoD mostram que o governo busca modular a regulamentação dos meios digitais no Congresso com menos voluntarismo para evitar repetir erros do ano passado. Em 2023, projetos voltados para a regulamentação das plataformas (PL 2.630/2020) e direitos autorais (PL 2.370/2019) empacaram por falta de articulação no Congresso e resistência das empresas.

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